sexta-feira, 4 de agosto de 2017

"Meu celeiro foi destruído pelo fogo..." E agora?


Existe um ditado japonês que diz: “meu celeiro foi destruído pelo fogo e agora posso ver a lua”.

Aqui podemos ver quem é “copo meio cheio” ou “copo meio vazio”. Vai depender da forma como vamos encarar o problema.

Aprender é um processo constante. Não é fácil. Muitas vezes doloroso, sofrido, mas necessário. Digo isso porque durante muito tempo fui integrante do grupo de pessoas que enxerga o “copo meio vazio”. Dei ênfase a problemas, ao invés de aprender com eles. Fui dependente da opinião alheia. Dramatizei situações onde a solução estava diante do meu nariz. Entretanto, como disse – e reafirmo – aprender é um processo constante. Aprendi e ainda estou aprendendo.

Quantas vezes vi meu “celeiro destruído pelo fogo” e reclamei que aquele era o fruto de muito trabalho, suor, noites sem dormir, esforço e dedicação. De fato, não é fácil perceber o mundo desabando sob seus pés. A verdade é que a vida é muito louca as vezes. Apresenta problemas que parecem eternos labirintos. Nos sentimos perdidos, sem norte. E agora? Meus Deus!

Só que para cada canto escuro, haverá sempre um facho de luz. E por menor que seja esse facho, ele nos permite enxergar a solução. Para cada “celeiro destruído pelo fogo” haverá sempre um “agora posso ver a lua”.

Quando conheci a história que conto em “Nove Meses e Quarenta Minutos”, percebi que havia encontrado a personificação de tudo o que disse até aqui. O casal que viveu a essência da história contada no livro, me ensinou – e ainda ensina – que somos capazes de colher sorrisos sinceros a partir de lágrimas. Somos capazes de produzir transformação a partir de nós mesmos. Somos capazes de dar a volta por cima, por maior que seja o problema. Somos capazes... Sim, realmente somos.

Parece chover no molhado, mas incrivelmente isso passa despercebido por muita gente.

Focar o problema não é o caminho. Encontrar lições e achar alternativas a partir dele, sim.


João Borges

Escritor – Joinville/SC

Um comentário:

  1. Boa, João. Muitas vezes, os celeiros devem ser destruídos para que vislumbremos oportunidades e nos demos conta de quanto há para ver e sentir sem a "segurança" do celeiro.

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PERDI A CONTA

  Eu já perdi a conta das vezes que tentei te descrever. Faltou vocabulário. Faltaram adjetivos. Sobraram qualidades em meio aos defeitos...