Homens, vamos conversar francamente.
Nossos dias servem de alerta. Os monstros que criamos estão cada vez mais
evidentes. Para não cair no pecado da generalização, posso afirmar que
proporcionalmente não são muitos, entretanto os poucos que aparecem, assustam.
Estou falando de nós mesmos. Aqueles
monstros que alimentamos por muitos anos, olhando para as garotas como puro objeto.
Afinal, quem nunca olhou para alguma mulher que chamasse a atenção sem pelo
menos ter pensado num “que gostosa” de forma vulgar? Não sejamos hipócritas! Pra se ter uma ideia da
confusão, esse olhar foi para O QUE ou para QUEM?
Tenho minhas dúvidas quanto a
achar tudo isso normal. Entendo que estamos indo longe demais. O limite do tolerável
foi muito ultrapassado. Existe uma geração que aparentemente não consegue discernir
o elogio da vulgaridade. E esse discernimento é importante, pois os radares
femininos são calibrados para captar essas confusões. Quero aproveitar e fazer
a mea-culpa. É necessário! Sou pai e
sei que o mínimo exigido para minha filha é respeito. O mesmo respeito que não
tive e que precisei aprender a ter.
Se colocarmos a mão na
consciência, talvez ainda dê tempo de corrigir. Se vamos conseguir matar os
monstros não sei, mas existem formas de controla-los. Para o nosso bem,
precisamos. Homem que é homem, respeita. Diferente disso, desculpe, não é
homem.
Meu desejo de futuro é o mesmo a
qualquer pessoa que se diga sensata. Andar com dignidade, sem a preocupação de
que alguém irá mexer com qualquer mulher só porque é mulher, ou porque tem um
corpo bem esculpido. Nem digo bonito, pois esse é outro conceito que ajudamos a
criar. Diz a sabedoria popular, amplamente divulgada pelas redes sociais, que corpo
bonito é aquele que tem uma pessoa feliz dentro dele. Prefiro acreditar nisso!
Acredite, ainda dá tempo!
Façamos esse pacto pelo respeito
coletivo. Afinal, quem respeita, respeitado é.
Por mim, por você, por todos nós!
João Borges, escritor.
Joinville/SC
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