terça-feira, 26 de dezembro de 2017

AS DIFICULDADES SÃO COMO AS MONTANHAS. ELAS SÓ SE APLAINAM QUANDO...


Não são poucas as vezes em que nos vemos em situações onde a saída parece impossível. Que atire a primeira pedra, quem nunca passou por dúvidas diante de decisões importantes a serem tomadas. É incrível perceber as vendas nos olhos quando o problema é do outro. Mais incrível ainda é não tirar as próprias vendas, pois não as percebemos.

Viver um turbilhão é um processo que muitas vezes dói na alma. Os problemas parecem apenas crescer, os possíveis caminhos se multiplicam, gerando confusão e incerteza. Entretanto cabe aqui um provérbio japonês que diz: “as dificuldades são como as montanhas. Elas só se aplainam avançando sobre elas”.

Desistir não é o caminho. Encarar o problema com força e coragem, utilizando-se de alguma ousadia e criatividade, apesar de parecer clichê, é a receita para que o provérbio se faça realidade. As dificuldades na caminhada da montanha são os problemas da vida, entretanto o objetivo não é ficar no meio do caminho, não é mesmo? Então, o que estamos esperando?

Uma dica: não suba a montanha sozinho ou sozinha. Andar é por sua conta, depende exclusivamente de você. Resolver seus problemas também. Contudo, fica mais fácil quando temos pessoas que realmente nos ajudam a subir, incentivam a caminhar, dão luz onde tudo parece uma grande nuvem escura. A vida fica mais leve quando sabemos dividir o peso, equilibrar as decisões. É a louca matemática da vida, onde o exato é, na realidade, inexato. Onde o dividir significa multiplicar. Onde erros, absortos, se convertem em lições e crescimento. Cabe a nós o cuidado de escolher as pessoas certas, para fazer parte dessa aventura, chamada vida. 

No livro Nove Meses e Quarenta Minutos, a personagem Amanda, desde sua infância, aprende com as dificuldades que sua existência lhe apresenta. Dessas que todos nós passamos e que fazem parte do processo natural de amadurecimento. Ela vive num ambiente familiar tido como o ideal, ainda assim as dificuldades insistem em fazer parte de sua vida. Até aqui tudo muito normal. Até demais, alguns poderão dizer. Mas o que fazer quando o problema envolve vida e morte? Para onde ir, quando uma decisão pode dar fim a própria vida? É, aparentemente o topo dessa montanha ainda não foi atingido. Existe mais um desafio a ser vencido, mais uma batalha, mais uma guerra, mais, e mais, e mais... Que bom que ela não subiu a montanha sozinha.

O texto apresentado no livro, leva a essas – e outras – reflexões. Subir a montanha é difícil. É uma tarefa árdua e complicada. Exige coragem, apesar de todos os medos. Exige força, apesar de todas as fraquezas. Exige decisão, apesar de todas as incertezas e dúvidas. No fim, um resultado: a certeza da transformação.
Ninguém é o mesmo depois que passa por algum tipo de dificuldade. Cabe a nós decidir o que pretendemos fazer com a oportunidade do aprendizado. Lamentar o problema e frear própria história ou olhar adiante e crescer?

Sempre em frente...


João Borges

Escritor – Joinville/SC

Nenhum comentário:

Postar um comentário

PERDI A CONTA

  Eu já perdi a conta das vezes que tentei te descrever. Faltou vocabulário. Faltaram adjetivos. Sobraram qualidades em meio aos defeitos...