sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

A MELHOR COR PARA USAR NA VIRADA DO ANO


Mais um fim de ano se aproxima e, para muitos, a tradição das cores se renova. Qual a melhor cor para usar na virada do ano? A expectativa de um ano melhor lança os olhares de expectativas positivas para o futuro, porém em muitos casos, não se olha para o passado com o mesmo critério.

E se invertermos a linha do tempo das cores para aprender um pouco mais com o passado? Se fizermos um bom exame de consciência e traduzir em cores as nossas ações no ano que está indo embora – aquilo que fizemos e que dependeu apenas de nós – qual cor usaríamos? O branco da paz? O vermelho do amor?

Não seria inteligente olhar para o futuro e esperar resultados diferentes, se repetirmos os erros do passado e do presente.

Usar o branco da paz e da pureza se minhas ações foram de impaciência causaram guerra dentro de casa ou no trabalho, não faz muito sentido. Usar o vermelho do amor se meus pensamentos foram voltados ao ódio ou divisão, também não.

Se o trabalho foi próspero e você conseguiu pagar suas contas em dia, use o amarelo sem medo. O dinheiro sempre virá como consequência de um trabalho bem feito.

Use o azul caso você tenha conseguido trilhar o caminho da serenidade. Caso contrário, não é a cor mais indicada.

Nossas expectativas do futuro serão moldadas pelas nossas ações do presente. Enfim, olhar uns para os outros e identificarmos tanto as nossas cores quanto as cores das pessoas próximas, talvez fosse um caminho de novas promessas para o ano novo que se inicia. Aquela promessa que precisa ser tão sincera quanto nosso exame de consciência.

Prometo SER melhor para usar a cor mais adequada no final do ano que vem.

Que tal?


João Borges
Escritor – Joinville/SC

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

AS DIFICULDADES SÃO COMO AS MONTANHAS. ELAS SÓ SE APLAINAM QUANDO...


Não são poucas as vezes em que nos vemos em situações onde a saída parece impossível. Que atire a primeira pedra, quem nunca passou por dúvidas diante de decisões importantes a serem tomadas. É incrível perceber as vendas nos olhos quando o problema é do outro. Mais incrível ainda é não tirar as próprias vendas, pois não as percebemos.

Viver um turbilhão é um processo que muitas vezes dói na alma. Os problemas parecem apenas crescer, os possíveis caminhos se multiplicam, gerando confusão e incerteza. Entretanto cabe aqui um provérbio japonês que diz: “as dificuldades são como as montanhas. Elas só se aplainam avançando sobre elas”.

Desistir não é o caminho. Encarar o problema com força e coragem, utilizando-se de alguma ousadia e criatividade, apesar de parecer clichê, é a receita para que o provérbio se faça realidade. As dificuldades na caminhada da montanha são os problemas da vida, entretanto o objetivo não é ficar no meio do caminho, não é mesmo? Então, o que estamos esperando?

Uma dica: não suba a montanha sozinho ou sozinha. Andar é por sua conta, depende exclusivamente de você. Resolver seus problemas também. Contudo, fica mais fácil quando temos pessoas que realmente nos ajudam a subir, incentivam a caminhar, dão luz onde tudo parece uma grande nuvem escura. A vida fica mais leve quando sabemos dividir o peso, equilibrar as decisões. É a louca matemática da vida, onde o exato é, na realidade, inexato. Onde o dividir significa multiplicar. Onde erros, absortos, se convertem em lições e crescimento. Cabe a nós o cuidado de escolher as pessoas certas, para fazer parte dessa aventura, chamada vida. 

No livro Nove Meses e Quarenta Minutos, a personagem Amanda, desde sua infância, aprende com as dificuldades que sua existência lhe apresenta. Dessas que todos nós passamos e que fazem parte do processo natural de amadurecimento. Ela vive num ambiente familiar tido como o ideal, ainda assim as dificuldades insistem em fazer parte de sua vida. Até aqui tudo muito normal. Até demais, alguns poderão dizer. Mas o que fazer quando o problema envolve vida e morte? Para onde ir, quando uma decisão pode dar fim a própria vida? É, aparentemente o topo dessa montanha ainda não foi atingido. Existe mais um desafio a ser vencido, mais uma batalha, mais uma guerra, mais, e mais, e mais... Que bom que ela não subiu a montanha sozinha.

O texto apresentado no livro, leva a essas – e outras – reflexões. Subir a montanha é difícil. É uma tarefa árdua e complicada. Exige coragem, apesar de todos os medos. Exige força, apesar de todas as fraquezas. Exige decisão, apesar de todas as incertezas e dúvidas. No fim, um resultado: a certeza da transformação.
Ninguém é o mesmo depois que passa por algum tipo de dificuldade. Cabe a nós decidir o que pretendemos fazer com a oportunidade do aprendizado. Lamentar o problema e frear própria história ou olhar adiante e crescer?

Sempre em frente...


João Borges

Escritor – Joinville/SC

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

QUANDO TE AMAR ME DÁ MEDO


"Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar" - William Shakespeare

Isso mesmo, mulher. Não estávamos acostumados a encontrar mulheres reais. Essas que não se escondem atrás das submissões, que falam, decidem, tem força e coragem de sobra, sem deixar de lado o coração e sua necessidade de amar.

Eu sei, talvez esse meu jeito grosseiro ainda precisa de adaptações. Também sei que preciso de lapidação... e de ajuda para isso. Por isso, estou na torcida para que o futebol com amigos e a cerveja gelada abracem o romantismo e a poesia. Não, não quero traduzir futebol, cerveja, romantismo e poesia em masculino ou feminino. Já estigmatizamos demais nossas existências. Tirando esse estigma, acredito que você entenderá o motivo do abraço.

Ainda preciso aprender a te amar, mulher. Não aquele tipo de amor que esconde nas entrelinhas um “preciso de você”, mas o tipo que é um convite a transbordar o outro. Olhar o igual, mesmo sabendo das diferenças. Encontrar a beleza das almas que se somam numa matemática inexata.

É, mulher. Os tempos são outros. As mulheres são outras, os homens também. Você aprendeu a conquistar seu espaço. Nós, homens, precisamos reaprender.

Te amar nesse contexto, as vezes, dá medo. Encontrar uma mulher decidida, forte, corajosa é colocar uma dúvida na cabeça do homem: será que conseguirei acompanhar o seu ritmo? Por isso, faço minhas as palavras de Shakespeare: “Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar”.
Não é por medo de você, mas por medo de mim mesmo. De não ser suficiente, tanto quanto necessário. Medo de arriscar e acabar perdendo. Drama? Um pouco, talvez. Prefiro acreditar que ainda falta encontrar a receita do amor próprio. Saber de onde vem essa sua garra encantadora e assim encontrar um caminho convergente.

Não pense que te desejar irá deixar de existir, entretanto te olhar de um modo diferente é necessário.

Que o desejo de uma noite passageira possa ser substituído pelo eterno desejo de noites intensas seguidas de cafés da manhã, por mais simples que eles sejam; de beijos de despedida seguidos de beijos de reencontro. Que possamos substituir o ter, pelo ser. 

Ao invés de apenas contemplar, que possamos aprender a buscar na raiz, o motivo da beleza da flor.


Com carinho

Homem



João Borges

Escritor – Joinville/SC

PERDI A CONTA

  Eu já perdi a conta das vezes que tentei te descrever. Faltou vocabulário. Faltaram adjetivos. Sobraram qualidades em meio aos defeitos...