A célebre frase de Shakespeare
na peça “A Tragédia de Hamlet, Príncipe da Dinamarca”, é o retrato do que
fazemos todos os dias, mesmo que isso não seja perceptível: tomamos decisões.
Para ser um pouco mais preciso, fazemos isso quase o tempo todo.
Ao acordar, decidimos levantar
da cama “ligados na tomada” ou permanecer aqueles gostosos e revigorantes cinco
minutinhos – que se descuidados, podem virar desesperadoras horas a mais.
Durante o dia, mais e mais
decisões. Ir para o trabalho de carro ou a pé? Ônibus ou bicicleta? Sair agora
ou mais tarde? Almoçar em casa ou na empresa? Será que vai chover? Preciso
levar casaco, acho que vai esfriar. E por aí vai...
São tantas as perguntas, que
as decisões são tomadas quase que automaticamente, porém existem outras que não
podem ser tomadas desta forma. Algumas decisões têm o poder de mudar
completamente o rumo de uma vida. Para essas, o merecimento do nosso tempo,
cuidado e atenção.
Decidir casar não é como
decidir comprar uma flor – mesmo sabendo que casamentos nasceram a partir de
ações como essa. Decidir ser pai/mãe não é como decidir ir ao cinema – mesmo sabendo
que filhos foram concebidos depois de assistir um bom filme. Decidir a profissão
que irá trabalhar não é como decidir ouvir uma música – mesmo sabendo que
muitas pessoas decidiram ser músicos profissionais por receberem esse tipo de
incentivo.
Cada decisão que tomamos
carrega consigo as consequências, e elas não podem ser ignoradas.
No livro Nove Meses e Quarenta
Minutos, os personagens Richard e Amanda se deparam com um dilema. Durante uma
gestação, a vida de Amanda está sob risco. Existe uma decisão a ser tomada e,
independentemente do que for escolhida, ela irá mudar completamente a vida da
família. Qual a decisão tomada? A melhor, na visão do casal. Se você vai
concordar ou discordar da decisão deles, não sei. O importante é que a decisão
foi tomada de maneira responsável e livre. Reforçando: cada decisão, uma consequência.
E, nesse caso específico, uma pergunta foi respondida: decidiram pela
felicidade.
Sim, ser feliz é uma decisão.
Tão real, que somos capazes de trilhar nossa felicidade através das nossas
escolhas. Se bem ponderadas, mais fácil. Do contrário, recomeços.
Com todas as decisões que
tomamos todos os dias, será que tiramos um tempo para perguntar a nós mesmos:
AFINAL, QUANDO VOU DECIDIR SER FELIZ?
Fica como sugestão, uma tarefa
para ser praticada diariamente: SER FELIZ. Que tal?
João Borges
Escritor – Joinville/SC
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