terça-feira, 15 de agosto de 2017

SER OU NÃO SER, EIS A QUESTÃO


A célebre frase de Shakespeare na peça “A Tragédia de Hamlet, Príncipe da Dinamarca”, é o retrato do que fazemos todos os dias, mesmo que isso não seja perceptível: tomamos decisões. Para ser um pouco mais preciso, fazemos isso quase o tempo todo.

Ao acordar, decidimos levantar da cama “ligados na tomada” ou permanecer aqueles gostosos e revigorantes cinco minutinhos – que se descuidados, podem virar desesperadoras horas a mais.

Durante o dia, mais e mais decisões. Ir para o trabalho de carro ou a pé? Ônibus ou bicicleta? Sair agora ou mais tarde? Almoçar em casa ou na empresa? Será que vai chover? Preciso levar casaco, acho que vai esfriar. E por aí vai...

São tantas as perguntas, que as decisões são tomadas quase que automaticamente, porém existem outras que não podem ser tomadas desta forma. Algumas decisões têm o poder de mudar completamente o rumo de uma vida. Para essas, o merecimento do nosso tempo, cuidado e atenção.

Decidir casar não é como decidir comprar uma flor – mesmo sabendo que casamentos nasceram a partir de ações como essa. Decidir ser pai/mãe não é como decidir ir ao cinema – mesmo sabendo que filhos foram concebidos depois de assistir um bom filme. Decidir a profissão que irá trabalhar não é como decidir ouvir uma música – mesmo sabendo que muitas pessoas decidiram ser músicos profissionais por receberem esse tipo de incentivo.

Cada decisão que tomamos carrega consigo as consequências, e elas não podem ser ignoradas.

No livro Nove Meses e Quarenta Minutos, os personagens Richard e Amanda se deparam com um dilema. Durante uma gestação, a vida de Amanda está sob risco. Existe uma decisão a ser tomada e, independentemente do que for escolhida, ela irá mudar completamente a vida da família. Qual a decisão tomada? A melhor, na visão do casal. Se você vai concordar ou discordar da decisão deles, não sei. O importante é que a decisão foi tomada de maneira responsável e livre. Reforçando: cada decisão, uma consequência. E, nesse caso específico, uma pergunta foi respondida: decidiram pela felicidade.

Sim, ser feliz é uma decisão. Tão real, que somos capazes de trilhar nossa felicidade através das nossas escolhas. Se bem ponderadas, mais fácil. Do contrário, recomeços.

Com todas as decisões que tomamos todos os dias, será que tiramos um tempo para perguntar a nós mesmos: AFINAL, QUANDO VOU DECIDIR SER FELIZ?

Fica como sugestão, uma tarefa para ser praticada diariamente: SER FELIZ. Que tal?


João Borges

Escritor – Joinville/SC

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